CONCLUSÕES DO RELATÓRIO DO CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO REFORÇAM REINVINDICAÇÕES DO SIPE

A falta de profissionais, a contratação de professores não qualificados e a degradação da escola pública foram apontados como grandes problemas, quando o pretendido é a valorização da carreira docente.

 

O SIPE - Sindicato Independente de Professores e Educadores – aplaude as conclusões do relatório publicado, esta terça-feira, pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), considerando-as em linha com as sucessivas reivindicações apresentadas pelo SIPE ao longo do tempo.

 

Júlia Azevedo, representante do SIPE, reitera que a escola contemporânea requer profissionais de educação altamente especializados. “Reconhece-se a complexidade da profissão de professor, que demanda um conjunto diversificado de habilidades e competências para lidar com os desafios de uma sociedade globalizada e tecnologicamente avançada. Portanto, é urgente valorizar os docentes em exercício e atrair jovens talentos para a profissão”, defende.

 

O SIPE também alerta para os riscos de professores não qualificados. “Essas contratações são um retrocesso inaceitável após a Revolução de Abril”, afirma Júlia Azevedo. Nesse sentido, o sindicato defendeu que os aproximadamente 1700 alunos que se formaram com mestrado em Educação em 2022 pudessem concorrer a vagas de contratação nas escolas, contribuindo para mitigar o problema no início de cada ano letivo.

 

Por fim, o SIPE espera que o “estudo de alta qualidade divulgado pelo CNE, que destaca a preocupante escassez de professores em comparação com a média europeia, sirva como um alerta para o governo e a sociedade em geral. É imperativo reconhecer, atrair e valorizar os professores, caso contrário, corre-se o risco de ver a degradação da Escola Pública e o retorno a um período sombrio na história do país”, sustenta Júlia Azevedo.

 

Desde abril de 2022, sob o lema Professor, Profissão em Risco, o SIPE tem apresentado ao ministro da Educação uma série de 12 propostas para a valorização docente, visando resolver a escassez de professores a curto e médio prazo. “O Ministério da Educação ignorou as medidas”, mas este relatório do CNE reforça a posição do SIPE.

 

Consulta o Relatório do CNE, edição 2023 (pdf)

 

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