Manifestações Regionais no Norte - Viana e Póvoa na Imprensa
VIANA DO CASTELO
Dia 4 de outubro às 11.30 na Praça da República reuniram-se dezenas de Educadores/Professores para se manifestarem contra a ausência de negociação do Ministério da Educação e intransigência em não contabilizar o tempo total de serviço fazendo assim cumprir a Lei.
Em declarações ao Minho Digital, o Secretário Regional de Viana do Castelo, professor Paulo Lima resumiu a importância, para toda a carreira, da recuperação do tempo de serviço:
«esta recuperação de tempo de serviço é fundamental para toda a classe docente, tendo em vista a progressão na carreira, permitindo atingir os escalões mais elevados, a conversão de tempo de serviço para aposentação, ou a sua utilização para ultrapassar os 4.º e 6.º escalões». Lembrou ainda que «os nove anos, quatro meses e dois dias de congelamento, os quatro anos perdidos de transição entre carreiras e todos os anos em que ficamos parados nos 4.º e 6.º escalões, perfazem no mínimo um total de 16 anos que não são contabilizados». No seu entender «na prática, é quase impossível um docente atingir os escalões médios da carreira». Recordou, também, que Maria de Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada «fizeram-nos acreditar que o ECD, regulado pelo dec lei 75/2010, ia de encontro ao que os professores queriam, acabando com a carreira de professor titular... mas discretamente puseram dois muros gigantescos para quem já tinha sofrido, com tanta falcatrua, na transição entre carreiras!»
O dirigente sindical realçou que «sabemos todos quem são esses super lesados professores!» Referiu, ainda, que «nas dezenas de plenários realizados, os professores deixaram bem claro que consideram uma grande falta de respeito a difamação da imagem dos professores, junto da opinião pública, levada a cabo quer pelo Governo, quer por algumas figuras políticas!»
Professores manifestam-se na Póvoa para exigir a Governo que cumpra a lei
Pedro Meira, do SIPE de Póvoa/V. Conde, lembra que a recuperação do tempo de serviço está estipulada na lei do Orçamento do Estado de 2018. “O Governo voltou atrás com o que está na lei e os professores estão revoltados. Nós só queremos que esse tempo seja contabilizado, até pode ser de forma fracionada, não precisa de ser já amanhã. Mas nós temos direito a atingir o topo das nossas profissões e não vamos ficar sem esse tempo”