ME mostrou total desrespeito pelos professores e pela Assembleia da República
O SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores acusa o Ministério da Educação de ter aberto e fechado no mesmo dia um processo negocial com os sindicatos «apenas para contornar a obrigação imposta pela Assembleia da República(AR) de voltar às negociações para a recuperação do tempo de serviço congelado», refere Júlia Azevedo, presidente do SIPE. A dirigente sindical considera mesmo que «o Ministério da Educação mostrou total desrespeito pelos professores, pelos sindicatos e pela Assembleia da República».
«Não há palavras para classificar a posição da Tutela que convocou os sindicatos às 18h30 de ontem, para uma reunião de fachada, a realizar às 18h00 de hoje, nem 24 horas de antecedência foram cumpridas nesta convocatória», denuncia Júlia Azevedo, que se diz «incrédula com o descaramento mostrados pelo Ministério para contornar uma obrigação de um órgão de soberania com poder legislativo». «Depois de não ter cumprido o que tinha sido exigido pela AR no Orçamento de Estado (OE) para 2018, no que respeita à negociação da recuperação do tempo de serviço congelado aos professores, a Tutela, para dizer que cumpriu a obrigação da AR no OE para 2019, fez esta reunião à pressa, abrindo e fechando o processo negocial atirando areia para os olhos dos professores e dos deputados».
"Com a recusa dos sindicatos em aceitar que sejam considerados apenas 30% do total de tempo de serviço congelado, o governo “deu como encerrada a negociação” e explicou “que estava cumprida” a obrigação imposta pelo parlamento para as negociações, explicou ao i a presidente do Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE), Júlia Azevedo. Ou seja, na realidade não houve qualquer negociação e o tom da reunião – onde estiveram presentes da parte do Executivo a secretária de Estado Adjunta, Alexandra Leitão, e a secretária de Estado da Administração Pública, Maria da Fátima Fonseca – foi duro havendo troca de acusações com os docentes a acusar o governo de desrespeitar o parlamento."