SIPE desconvoca greve de professores anunciada para dia 5 de novembro

Sindicato quer ouvir propostas dos partidos sobre as reivindicações dos docentes antes de eleições.

 

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Jornal de Notícias

 

 

 

"O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) desconvocou a greve que tinha sido anunciada para sexta-feira, face à rejeição do Orçamento do Estado para 2022 e à iminente dissolução do Parlamento."

 

 

TVI24

""Não faz sentido manter esta greve de dia 05 de novembro, na qual se reivindicava a reabertura das negociações com o Ministério da Educação, e sujeitar os professores a perderem um dia de salário, quando, na prática, não temos interlocutor, dado o atual contexto político motivado pelo chumbo do Orçamento do Estado para 2022, que trará, certamente, novas eleições", explica a presidente do SIPE em comunicado."

 

 

RTP Notícias

 

 

"o SIPE refere que irá solicitar também reuniões aos partidos com assento parlamentar, a fim de pedir esclarecimentos sobre os respetivos programas em relação aos professores, antes da realização de novas eleições legislativas."

 

 

Rádio Comercial

 

 

 

 

"Júlia Azevedo já anteriormente tinha criticado o Orçamento do Estado para 2022, classificando-o como "um autêntico vazio para os docentes e para a educação pública", e acusando o Governo de, no documento, ignorar o problema fundamental da falta de professores, "fruto da sucessiva desvalorização da carreira e dos sucessivos estratagemas para travar a progressão dos docentes na carreira, já demasiado atrasada pelo congelamento de salários"."

 

 

SIPE desconvoca greve de professores anunciada para dia 5 de novembro

 

O SIPE – Sindicato Independente de Professores e Educadores vai desconvocar a greve que tinha sido anunciada para a próxima sexta-feira, dia 5 de novembro, com o propósito de exigir a reabertura das negociações com a tutela. A decisão foi tomada perante a iminente dissolução do Parlamento, já antecipada pelo Presidente da República, na sequência do chumbo do Orçamento do Estado para 2022, o que levou o Sindicato considerar não fazer sentido sujeitar os professores a perderem o correspondente a um dia de salário, quando se antevêem possíveis alterações no Governo com novas eleições à porta. O SIPE irá solicitar também reuniões aos partidos com assento parlamentar, a fim de pedir esclarecimentos sobre os respetivos programas em relação aos professores, antes da realização de novas eleições legislativas.

 

"Não faz sentido manter esta greve de dia 5 de novembro, na qual se reivindicava a reabertura das negociações com o Ministério da Educação, e sujeitar os professores a perderem um dia de salário, quando, na prática, não temos interlocutor, dado o atual contexto político motivado pelo chumbo do Orçamento do Estado para 2022, que trará, certamente, novas eleições», explica Júlia Azevedo, presidente do SIPE. «Iremos sim, no decurso deste processo, contactar os partidos políticos com assento parlamentar, a fim de que nos esclareçam sobre o que consta nos seus programas relativamente às reivindicações da classe, nomeadamente sobre a avaliação e progressão na carreira docente, a aposentação, os concursos, o problema das ultrapassagens na carreira entre docentes com o mesmo tempo de serviço, e a reversão da componente letiva, entre outros, para que os professores fiquem informados e possam tomar uma posição coincidente com o que têm vindo a exigir», adianta a dirigente sindical.

 

Júlia Azevedo já anteriormente tinha criticado o Orçamento do Estado para 2022, classificando-o como «um autêntico vazio para os docentes e para a educação pública», e acusado o Governo de, no documento, «ignorar de forma irresponsável o problema fundamental da falta de professores, fruto da sucessiva desvalorização da carreira e dos sucessivos estratagemas para travar a progressão dos docentes na carreira, já demasiado atrasada pelo congelamento de salários». Júlia Azevedo, alerta que «temos muitos docentes a reformar-se e muitos poucos jovens a querer, e a conseguir, ingressar na carreira», e que, por isso, se exige «um sistema de concurso mais justo e equitativo, que permita combater a precariedade dos professores da Escola Pública».

 

A presidente do SIPE recorda que «os Professores e os Educadores foram fantásticos na resposta que deram ao desafio provocado pela pandemia, estiveram e estão na linha da frente, sempre atentos e resilientes às transformações que se têm verificado». Para Júlia Azevedo, «o reconhecimento do esforço e dedicação dos professores é urgente e mais que merecido», e defende que «um país que não dignifica os seus professores é um país condenado», por isso mesmo, promete que «a classe irá continuar a fazer ouvir-se para garantir a dignidade da profissão e a dignidade da Escola Pública».