SIPE pede negociação Suplementar

 

Governo, inflexível e intransigente, faz finca-pé e decide violar a Lei do Orçamento e desrespeitar os professores.

Depois de uma reunião em que não apresentou qualquer proposta para negociar o prazo e o modo de recuperar os anos do congelamento, governo decidiu, unilateralmente, apagar mais de 6,5 anos de tempo que os professores trabalharam.

A acrescentar, a recuperação dos 2 anos 9 meses e 18 dias será feita com efeitos no escalão para o qual o docente vai progredir após o dia 1 de janeiro de 2019.

Na prática:

  1. Quem subiu em 2018, subirá recupera o tempo em 2023
  2. Quem vai subir em 2019 recupera o tempo em 2021 (o que é um absurdo pois iniciam a recuperação primeiro que os anteriores.)
  3. Não está esclarecido quais são os procedimentos para o 4.º e 6.º escalões.
  4. Não há nenhuma medida que possa ser reconvertida para aposentação;
  5. Os escalões de topo não beneficiam com a medida.

Ou seja, nesta legislatura não há nenhuma recuperação.

Nesta sequência o SIPE solicitou o pedido de negociação suplementar ao Ministro da Educação no dia 14 de setembro.

 

Lê a notícia no expresso de 15 de setembro de 2018

"SINDICATOS PEDEM REUNIÃO SUPLEMENTAR

Depois do balde de água fria da semana passada, com o Governo a recuperar a proposta que já tinha apresentado em fevereiro aos professores e que só contabiliza 30% do tempo de serviço congelado nos últimos anos, as 10 estruturas que integram a plataforma sindical entregaram ontem pedidos de reunião suplementar.
Os professores continuarão a reivindicar a recuperação de 9 anos, 4 meses e dois dias, sendo que na última reunião foi anunciado — não aos sindicatos, mas aos jornalistas, através de declarações e de um comunicado distribuído pouco tempo depois do fim do encontro — que o Governo iria aprovar um decreto-lei atribuindo uma “bonificação de dois anos, 9 meses e 18 dias”.
O Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) classifica a negociação, que se arrasta há 10 meses, como “surreal” e “insólita”. “O ministro disse em julho que se iria ′fazer um ‘caminho nas negociações’ e agora anuncia este decreto-lei aos jornalistas. Depois ficamos a saber que os efeitos da recuperação do tempo só na próxima legislatura ou nem isso”, critica Júlia Azevedo, do SIPE . ......."